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desequilibrado, desalinhado, descentrado
Para onde marcha o mundo? O que vai ser
Do pobre que nasceu para servir?
-- Trocaram o sorriso pela espada
E é latente a volúpia de agredir!
O que que os homens querem mais ainda
Além da sua vil mediocridade?
Incêndios, sangue, —- ó cegos visionários
Sem alma e sem noção da realidade!
Tambores e metralhas e clarins
Num cântico sinistro, sem beleza,
-- Embora a vida seja o hálito da morte,
Uma ilusão de límpida saüdade, —
Deixai supor, deixai-vos iludir
De que para viver
Não é preciso matar
Não é preciso mentir!
In Pequenas Canções de Cabaret
In As Canções de António Botto - Primeiro volume das obras completas
"O Presidente da República português, Cavaco Silva, apelou hoje a uma atitude exigente dos chefes de estado e de governo presentes na XIX Cimeira Ibero-Americana para que o diálogo possa ser traduzido em acções concretas." (SOL online)
Acções concretas.
São o que o nosso querido presidente
tem protagonizado ao longo
do seu glorioso mandato.
M. Pinto
"O julgamento do processo de pedofilia da Casa Pia, que decorre no Tribunal de Instrução Criminal, no Campus da Justiça de Lisboa, completa hoje cinco anos, podendo durar ainda "bastante mais tempo", segundo um advogado."
O desfecho provável:
o Bibi enrabou os miúdos
e foi enrabado pelos camaradas
da pouca-vergonha.
Tanto tempo
para um desfecho mais
que anunciado:
"Vergonha de nós todos".
M. Pinto
"Eu queria ter o tempo e o sossego suficientes
Para não pensar em cousa nenhuma,
Para nem me sentir viver,
Para só saber de mim nos olhos dos outros, reflectido."
Alberto Caeiro
"O Presidente da República lembrou hoje que o chefe de Estado está "como que impedido" pelo princípio da separação de poderes de falar em público sobre processos judiciais, podendo qualquer comentário ser entendido como uma interferência." (DN online)
No fundo, o nosso querido presidente
veio dizer-nos que,
por causa da especificidade do seu cargo,
não pode interferir em nada.
Não é original.
O américo tomás já o fazia.
M. Pinto
No ponto contraponto.
O grande pacheco -
não o luís, mas o josé.
Orienta-nos o pensamento
e as ideias.
Por causa da liberdade.
E não sendo de trancoso
também faz previsões e
antevisões.
Por causa da liberdade.
Gosto.
Mas prefiro os fedelhos...
M. Pinto
“"Porque se duas pessoas do mesmo sexo se podem casar não há razão para proibir o casamento a termo certo (5, 10, 20 anos) ou o casamento poligâmico (um homem e três mulheres, uma mulher e dois homens)".
Maria José Nogueira Pinto, "Diário de Notícias", 12-11-2009
Desconhecia a imaginação
libidinosa da Maria -
ex-deputada do CDS-PP;
e pelos vistos ex-conservadora.
Nem o Larry Flint!
M. Pinto
Há vinte anos houve
um muro que caiu em Berlim.
Houve festa.
Há vinte anos houve
um muro que caiu na minha aldeia.
Não houve festa.
M. Pinto
"José Pacheco Pereira afirmou que “quando se verifica a existência de uma rede tentacular em empresas públicas, que são em última instância responsabilidade dos primeiros responsáveis políticos, ministros e secretários de Estado”, existe “responsabilidade política nos governantes que fizeram as escolhas políticas para a gestão dessas empresas”. (I online)
No fundo,
lá bem no fundo,
o que este arrazoado
quer dizer, é que
o pacheco não gosta
de "polvo à sucateiro".
Só se for "à casa".
Presumo eu.
M. Pinto